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Preconceito musical

  • Foto do escritor: Jornalistas Escolares
    Jornalistas Escolares
  • 21 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de jun. de 2018

O preconceito musical é muito presente nos dias atuais.




O preconceito musical é muito presente nos dias atuais. Esse tipo de prejulgamento começa, quando uma pessoa ou determinado grupo, considera seus hábitos, gostos e costumes superiores à outros, muitas vezes considerando seu estilo musical favorito como cultura, desprezando os demais gêneros, por exemplo.

Porém, essa seleção é um grande equívoco, visto que, cultura é a definição de todo um resultado produzido por um grupo, uma comunidade, uma sociedade. Dessa forma, um único estilo musical não define a erudição de outros povos, considerando que cada um, dentro do seu espaço e das suas vivências, possuem símbolos e signos diferentes.

Essa situação tem se tornado cada vez mais, um motivo de exclusão entre as pessoas, a discordância com gêneros musicais diferentes acaba gerando conflitos e injustiças, como o caso da proposta de lei nº17/2017 que tinha o intuito de criminalizar o funk.

Entretanto, o preconceito em relação ao funk, se origina muitas vezes, de padrões estereotipados de que todo funkeiro é criminoso, que toda letra de funk é uma apologia ao sexo, mas esses aspectos não passam de estereótipos, pois existem muitas músicas que carregam esse ritmo como característica, não possuem conteúdo sexual e seus cantores não são criminosos.

E quando se trata das letras que possuem o sexo como principal tema, geralmente descrevem o cotidiano do local em que os cantores vivem, isto é, não passa da realidade vivenciada por eles. Sem contar que o funk se tornou o ganha pão de muitas pessoas que possuíam uma renda insuficiente para custear suas necessidades, proporcionando a elas uma melhor alternativa. Porém, o funk não é o único gênero que sofre preconceito, temos também outros exemplos como o rap e o samba.

O samba, tendo sua origem na Bahia a partir do século XIX como resultado da mistura de vários ritmos africanos, era muito discriminado pelos policiais. Muitos cantores e músicos foram presos simplesmente por estarem sambando. A batucada só era aceita quando tocada nos teatros frequentados pela elite. Caso contrário, ou seja, nas rodas improvisadas em bares ou nas ruas, onde os sambistas tocavam, o ritmo era visto pelas autoridades como reunião de desocupados e bandidos.

Com o rap também não é diferente é frequente os comentários entre as pessoas de que o rap é música de bandido, que possui letra violenta, enfim, mais estereótipos. Mas as pessoas se esquecem de que o rap assim como o funk e o samba, retrata a realidade vivenciada por aqueles que o produzem. Mas o que esses três ritmos têm em comum além do preconceito? Os três possuem protagonização, raízes, produções, participações e vivências negras. Então fica a reflexão: Será que os três gêneros musicais são discriminados diretamente por suas letras ou pelo fato de serem compostos por negros?

 
 
 

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